segunda-feira, 31 de março de 2008

Gastronomia do Algarve





De Sagres ao Guadiana, o Algarve é região de sol, peixe e marisco.

A qualidade e variedade é tão grande que um peixe grelhado ou uns percebes numa praia da costa vicentina podem ser um autêntico manjar dos deuses. E depois tem receitas próprias que os realçam, com cataplanas, caldeiradas, sopas de peixe, ou os petiscos e acepipes que são refrigério para um dia de praia, de golfe, de bom tempo.

Experimente uns carapaus alimados, ou a tradicional sardinha assada em Portimão, acompanhe com uma salada montanheira na Cacela, e verá que não há melhor que esta saborosa simplicidade. Do bife de atum de Tavira e polvo de Santa Luzia, o Algarve é exímio nestes cardápios. Que passam pelas deliciosas amêijoas, conquilhas, lingueirão, pelas ostras da Baleeira, de Alvor e da ria Formosa, pelas lulinhas e choquinhos em todo o Algarve... enfim, terra de pescadores!

Mas também tem serra e receitas próprias do barrocal, como o cozido de grão. E os frutos que dão sabor a doces, como os de amêndoa, de laranja, de figo, e os morgados, os dom rodrigo, a que ninguém resiste... Entre esses frutos, ainda tem os que dão sabor a licores e aguardentes, como o medronho da serra, e a amêndoa amarga, para provar gelada.

Que mais quer para um jantar romântico, um fim de tarde e uma bola a pôr fogo no mar?

Sopa de Agrião


Ingredientes:
1 cebola
1 punhado de cebolinha picada
450 g de agrião
100 g de margarina
1/3 de xícara de farinha de trigo
3 xícaras de caldo de frango
1/4 de xícara de água
Sal e pimenta a gosto
Creme de leite ou iogurte natural para decorar

Modo de Preparo:
Corte a cebola, a cebolinha e os agriões. Aqueça a margarina numa panela e doure-os. Acrescente a farinha e mexa até estar bem misturada. Acrescente o caldo e a água e mexa até obter uma mistura homogênea. Mexa até a sopa ferver e engrossar. Deixe-a ferver tampada e em fogo brando durante 10 minutos, aproximadamente, ou até que os agriões estejam macios. Deixe esfriar durante alguns minutos. Passe a mistura no liquidificador. Aqueça a sopa antes de servir e tempere com sal e pimenta a gosto. Decore com uma colher (sopa) de creme de leite ou iogurte natural e galhinhos de agrião

Mind Map

Autora: Matilde Reis

domingo, 30 de março de 2008

Provérbio-2 (site sobre provérbios e gastronomia)


Neste site encontrará todos os provérbios que dizem respeito à gastronomia. Em português. A não perder

Homem gordo


Provérbio-1

"De grandes ceias estão as sepulturas cheias"

Tarte de Limão Merengada

Colaboração de Laura Gonçalves e Maria Helena Reis

Ingredientes:
1,5 pacote de bolacha Maria
200 gr de margarina
1 lata de leite condensado
1 limão
2 ovos
2 colheres de sopa de açúcar

Esmague as bolachas, junte-lhes a margarina derretida e mexa bem. Forre com a mistura uma forma de tarte, pressionando bem, e ponha no congelador pelo menos durante 30 minutos. Misture o leite condensado com o sumo e a raspa de limão e, quando estiver bem misturado, junte as gemas, batendo bem. Deite esta mistura por cima da base da tarte e leve a forno médio durante 10 minutos. Bata as claras em castelo, juntamente com o açúcar. Deite por cima da tarte e leve a alourar, em forno médio, durante cerca de 5 minutos.

Os melhores alimentos para ganhar

Os melhores alimentos para:
  • Ganhar músculos - atum, café, carne de porco, alga nori, batata doce;
  • Ganhar resistência - quinoa, lentilhas, amêndoas, alfafa;
  • Ganhar energia - mexilhões, espirulina, batatas cozidas, alimentos ricos em ácido fólico, alcaçuz, chocolate preto, flocos de aveia;
  • Ganhar flexibilidade e evitar problemas articulares - salmão, curry, cebola, ananás, gengibre, trigo-negro, azeite virgem;
  • Ter um estômago liso - iogurte, chá, alcachofras, água;
  • Ultrapassar a depressão - peixe, amendoins, chocolate;
  • Aumentar a inteligência e ganhar memória - marisco, cogumelos, bebidas com cafeína, sardinhas, gema de ovo, infusão de alecrim e salva com talos de uva;
  • Dormir melhor - chá preto, levedura de cerveja, castanhas, abacate, banana;
  • Ter menos gripes - salsa, soja germinada, brócolos, cenouras, sumo de limão, alho.

Fonte: sport life, abril 2007, nº 61

"A Última Ceia" na Pintura

"A última Ceia", Leonardo da Vinci, 1494-1498.
"A Última Ceia", Salvador Dalí, 1955.

O ovo estrelado e o pintainho

O que é que surgiu primeiro: o ovo ou a galinha? E se o ovo for estrelado?

sábado, 29 de março de 2008

O uso dos talheres

Usar talheres foi uma evolução para a humanidade

A faca foi dos primeiros instrumentos produzidos pelo homem pré-histórico. No início, era feito de sílex (um tipo de pedra) e era uma arma de grande importância. Depois, na Idade do Bronze, apareceram as facas de ferro ou bronze. Durante séculos, o homem tinha apenas uma faca e tanto servia para cortar um pedaço de carne como para defender-se.

Quem sugeriu que cada homem devia ter um talher para ser usado exclusivamente à mesa foi o cardeal Richelieu (1585-1642), um defensor das boas maneiras, por volta de 1630. O costume de cruzar faca e garfo sobre o prato depois de terminada a refeição foi fomentada na Itália no século XVII.

O garfo já era conhecido em 600 a.C. Os primeiros garfos possuíam apenas dois dentes de pontas afiadas e, até à Idade Média, só eram usados para servir comida. No século IX, o garfo foi considerado profano pelos padres venezianos, que recomendavam “o uso dos dedos dados ao homem por Deus”. Ele só reapareceu na Itália no século XIV. Na renascença italiana, as boas maneiras à mesa ficaram mais refinadas e exigiam o uso de garfos. Mesmo assim, o novo hábito custou a pegar. O povo achava que usar garfo era coisa de florzinha. O preconceito só desapareceria de uma vez por todas depois da Revolução Francesa.

A antecessora das colheres, surgidas há 20 mil anos, era apenas um pedaço de madeira ou chifre de boi escavado em forma de concha e de uso coletivo. Na Antiguidade, os gregos e os romanos mais ricos usavam colheres de bronze ou de prata, enquanto os pobres tinham colheres de madeira. Os egípcios possuíam belas colheres de madeira, pedra, marfim e ouro.

Algumas eram usadas para queimar incenso nas cerimônias. Os cabos tinham belas formas humanas ou de animais. Durante a Idade Média, o material utilizado foram ossos, madeira e ferro. Na Itália do século XV, as chamadas “colheres dos apóstolos” estavam na moda. De prata, elas traziam a figura de um dos apóstolos e eram consideradas o presente ideal para batizados de crianças. O modelo das colheres atuais começou por volta de 1760.

Durante a Idade Média, a única diferença concreta entre a mesa dos ricos e dos pobres estava mais na quantidade da comida do que na variedade das ementas ou das iguarias escolhidas. Ricos e pobres comiam à mão, e a diferença social existia apenas entre os que lavavam as mãos (ou apenas as pontas dos dedos) antes das refeições e os que o não faziam (Naqueles anos não havia água canalizada).

O único utensílio era a faca pontiaguda que cada convidado levava de sua casa e que servia para cortar a carne, espetá-la e levá-la à boca.

As colheres não abundavam e os garfos levariam ainda muito tempo a generalizar-se.
Sala e mesa de jantar eram coisas desconhecidas. Comia-se onde se dormia ou onde mais convinha e a mesa improvisava-se, o que não é de espantar numa época em que se recebiam as visitas na cama. A mesa era uma armação em xis coberta de tábuas de ocasião. Por isso ainda hoje se diz: - "pôr a mesa e levantar a mesa". Armada a mesa, cobria-se com uma toalha sempre branca e, sobre o improvisado tabuleiro, um saleiro e rodelas individuais de pão, a anteciparem os nossos pratos, que existem apenas há cerca de trezentos anos. Os convivas sentavam-se em bancos sem espaldar, e eram colocados na mesa largas bacias (como as atuais bandejas) com os alimentos servidos de uma só vez. No final da refeição, as fatias de pão eram distribuídas aos mendigos que se amontoavam no pátio ou faziam fila no portão.

A presença dos cães era indispensável, uma vez que seu pêlo, embora pouco limpo, servia de guardanapo aos comensais que mais se preocupavam com a higiene pessoal neles, limpando as mãos da gordura que se acumulava nos dedos. E falando em limpar os dedos...

E sabe porque o paletós tem botões nas mangas? Para que os comensais não limpassem a boca, mania detestada pelo cardeal Richelieu, pelo que ordenou que todos os convidados, começassem a vir com botões nas mangas, como sinal de boa educação. E isso foi na mesma época em que os paletós sofreram alteração no corte nas costas, o que permitiu aos cavalheiros, poderem andar a cavalo com o paletó fechado em Inglaterra.

Fonte: sdr.com.br

Medidas e Equivalências

Equivalências:

1 chávena de arroz = 180 g
1 chávena de farinha = 180 g
1 chávena de margarina Vaqueiro = 180 g
1 chávena = 2 dl = 13 colheres de sopa
1 copo de água = 2 dl = 13 colheres de sopa
1 copo de vinho = 1 dl = 6 colheres de sopa
1 cálice = 0,5 dl = 3 colheres de sopa

1 colher de sopa = 15 cc
1 colher de sobremesa = 10 cc
1 colher de chá = 3 cc

1 colher de sopa Pesa:
de açucar -10 g
água / leite - 15 g
arroz -15 g
farinha -7 g
fécula de batata / maisena - 7 g
sal - 15 g
margarina Vaqueiro - 15 g
óleo Vaqueiro - 12 g

Pontos de Açúcar


Calda de açúcar e xarope

Significam praticamente a mesma coisa, residindo a diferença apenas na aplicação.
A calda utiliza-se em conservas de frutas, para acompanhar ou regar bolos e para confeccionar doçaria.
O xarope utiliza-se especialmente na preparação de bebidas e licores (quase sempre depois de clarificado e filtrado).

Proporções
Se se pretende uma calda fraca (de ponto baixo) que, normalmente, se utiliza para acompanhar rabanadas, filhós, papos de anjo, fatias da China, etc., a proporção é de:
- 1 kg de açúcar - 1 litro de água
Se se pretende uma calda de ponto mais alto (para confeccionar doces), a proporção deve ser:
- 1 kg de açúcar - ½ litro de água
Para pontos muito altos, pode-se reduzir gradualmente a porção inicial de água.

Como se prepara
Num tacho de arame (de preferência) ou noutro recipiente de capacidade adequada, leva-se a calda ao lume. Uma fervura prolongada implica a evaporação gradual da água, mantendo-se, contudo, a quantidade inicial do açúcar (que não se volatiliza). Em consequência, a concentração do açúcar vai aumentando progressivamente até que, perdida toda a água, fica no recipiente apenas açúcar derretido (150° a 160º C).
Prolongado o aquecimento, o açúcar acaba por queimar (210° C), deixando um resíduo negro de carbono.
Este processo, segundo o qual se vão obtendo concentrações (pontos) progressivamente mais altas, é designado (quanto a nós impropriamente) por cozedura do açúcar.
A temperatura a que se dá a ebulição vai aumentando com a concentração. Como sabemos, a água pura (em condições normais de pressão) ferve a 100°. Se aumentarmos a densidade da água, dissolvendo nela qualquer substância, a sua temperatura de ebulição sobe. No caso da calda de açúcar, a um aumento de concentração (ponto) e, portanto, densidade, corresponde uma subida proporcional da temperatura de ebulição.
É, pois, possível estabelecer uma correspondência entre a temperatura de ebulição e a densidade, as quais se podem medir com a aparelhagem própria.

Formas de medição dos pontos
- Pelo termómetro — é uma medição directa que pode ser feita no próprio recipiente de confecção. O termómetro mede temperaturas e não densidades, mas, dada a perfeita correspondência entre a temperatura de ebulição e a densidade das caldas (xaropes) de açúcar, é possível, pela tabela de equivalência, calcular rigorosamente o ponto em que o líquido se encontra.
- Pelo pesa-xaropes — O pesa-xaropes é um densímetro que se utiliza para densidades superiores à da água. É, normalmente, graduado em graus Baumé, só podendo medir até 40° B.
Nas preparações industriais (grandes quantidades e recipientes de boas proporções), é possível efectuar a medição no próprio recipiente em que a calda ferve.
Na preparação doméstica, torna-se necessário utilizar uma proveta com altura e diâmetro interno suficientes para que o pesa-xaropes aí se mova sem atrito.
O uso da proveta tem o inconveniente de, ao nela se verter a calda, se dar um abaixamento de temperatura que altera ligeiramente (para mais) o valor de densidade em relação à da massa total donde foi retirada.

Processo expedito
Não tem qualquer rigor e baseia-se na observação (falível) do comportamento da calda no que respeita à viscosidade e velocidade de cristalização. Só a experiência pode conferir certo grau de rigor na avaliação.
As próprias designações dos pontos variam de região para região e de autor para autor. Nós adoptamos as seguintes:

- Ponto de pasta — Retirando uma escumadeira da calda, aquela conserva uma camada fina desta que acompanha os movimentos que se lhe derem.
- Ponto de fio — Colocando uma gota de calda entre o polegar e indicador, ao afastarem-se os dedos, forma-se um fio de fraca resistência.
- Ponto de cabelo — Repetindo a operação anterior, forma-se um fio de maior resistência.
- Ponto de pérola — Ao vazar de uma colher um pouco de calda, forma-se um fio mais resistente, cuja extremidade se assemelha a um pérola.
- Ponto de pérola alta — Repetindo a operação anterior, obtém-se uma pérola mais bem definida e de maiores dimensões.
- Ponto assoprado — Retirando a escumadeira do lume e assoprando através dos seus furos, formam-se pequeninas bolas no género das bolas de sabão.
- Ponto assoprado alto — Repetindo a operação anterior, obtêm-se bolas maiores.
- Ponto de espadana — Retirando a escumadeira, a calda cai com o aspecto de lâmina de uma espada fina.
- Ponto de rebuçado — Quando, deitando um pouco de calda em recipiente com água fria, se forma uma bola consistente mas moldável.
- Ponto de areia — O açúcar começa a agarrar-se às paredes do recipiente, tomando uma consistência e aspecto arenosos.
- Ponto de caramelo — O açúcar começa a apresentar um tom aloirado e cheiro característicos que se vão acentuando à medida que aumenta o tempo de aquecimento.

A partir de certa temperatura (160° a 170° C), o açúcar toma um gosto desagradável.
Dos processos descritos, o mais rigoroso é, sem dúvida, aquele em que se utiliza o termómetro.
A humidade, a pressão, a altitude, são factores cuja variação pode modificar os valores a calcular.

MIGAS COM CARNE DE PORCO

MIGAS COM CARNE DE PORCO

Parta as carnes frescas (limpa, entrecosto, toucinho entremeado) em pedaços para fritar, esfregue-as com polpa de alho esmagado e, algumas horas depois, barre com massa de pimentão, deixando-as assim, pelo menos, 24 horas, no frigorífico, mexendo-as duas ou três vezes. Não ponha sal porque a massa já o tem em excesso. Frite as carnes em banha na quantidade suficiente para confeccionar as migas. No final da fritura retire os resíduos que ficam no pingo, passando-o pelo passador. Frite rodelas de linguiça (facultativo) e junte (ou não) este pingo ao das carnes frescas.

No pingo já filtrado frite uma boa porção de alhos esmagados, com uma ou duas folhas de louro, sem deixar esturrar. Ferva um pouco de água. Verta-a sobre o pão cortado às fatias muito finas que colocou numa tigela. Tape-a e deixe repousar um pouco. Com uma colher de pau vá esmigalhando o pão. Proceda assim até obter uma massa homogénea que se vai enrolando. Verta o pingo quente sobre o pão. Coloque o preparado de novo no tacho onde fritou as carnes, leve ao lume e vá virando, a fim de obter uma crosta dourada. O rolo das migas é servido numa travessa rodeado das carnes fritas, mantidas quentes. Pode acompanhar com rodelas de laranja.
in "Com Poejos e outras Ervas"

Como Água para Chocolate


Baseado em romance do mesmo nome de Laura Esquivel, Como Água para Chocolate acompanha a história de um camponês chamado Pedro (Marco Leonardi) que, em 1910, em plena Revolução Mexicana, se apaixona por Titi (Lumi Cavazos). Ele quer voltar para a Guerra, mas ela o enfeitiça com seu amor e seus dotes culinários. Podia ser apenas mias uma história de amor, mas trata-se de um dos mais belos filmes do cinema latino-americano em todos os tempos. Foi a produção estrangeira de maior bilheteria nos Estados Unidos em 1993.

Chocolate


Chocolate (Chocolat)


Quando Vianne (Juliette Binoche), e sua filha chegam a uma tranqüila vila, ninguém poderia imaginar o impacto que isto teria na antiquada comunidade. Ao passar dos dias, a atraente Vianne abre uma loja de chocolates, repleta de confeitos de dar água na boca. Sua misteriosa e quase mágica habilidade em perceber os desejos pessoais de cada freguês e satisfazê-los perfeitamente com o confeito certo, faz com que os moradores se entreguem às tentações e à felicidade. Mas, isto até a hora em que outro forasteiro, o atraente Roux (Johnny Depp) chega à vila. Finalmente agora, ela também reconhece e se rende a seus próprios desejos. Problemas surgem quando suas ações são confrontadas por aqueles que preferem os caminhos do passado e aqueles que recentemente descobriram o doce sabor do prazer.

Curiosidades

Curiosidades:(colhidas aqui e ali)

A OSTRA contém zinco que, segundo consta, aumenta a produção de testosterona. Casanova era fã das ostras: comia 50, todas as manhãs, na banheira, em companhia da mulher em quem estava interessado no momento.

MAÇÃ, símbolo máximo da tentação desde que Eva seduziu Adão, tem propriedades estimulantes. Sua fama entre os rituais eróticos e de sedução é universal, era usada em inúmeras poções mágicas, filtros de amor e encantamentos.

A UVA é uma fruta associada ao prazer, à fertilidade, a Dinonísio (Baco), Príapo e todos os deuses alegres existentes em todas as tradições. Dionísio não era apenas o deus do vinho mas também da fertilidade e da procriação. Atribui-se propriedades estimulantes as uvas não fermentadas e, além disso, eram presença obrigatória em orgias e bacanais na Grécia.
AMÊNDOA é uma semente fundamental na culinária árabe pois é considerada um dos ingredientes mais sensuais, associada à paixão e à fertilidade.

O MORANGO, essa fruta delicada, de cor intensa, é presença fundamental nos rituais de sedução - melhor se acompanhados de champanhe. Também ficam saborosíssimos com chocolate.

PÊSSEGO e DAMASCO são consideradas frutas sensuais principalmente pelo seu perfume, sua textura suave e suculenta e sua cor. O pêssego tem sua origem na China, onde é cultivado há mais de dois mil anos. Segundo o Feng-shui, a cor pêssego estimula os sentidos e o fruto, a luxúria.

"Afrodite: Contos, Receitas e outros Afrodisíacos"


"...o único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor. Nada consegue deter a paixão acesa de duas pessoas apaixonadas. Neste caso não importam os achaques da existência, o furor dos anos, o envelhecimento físico ou a mesquinhez das oportunidades; os amantes dão um jeito de se amarem porque, por definição, esse é o seu destino." (Isabel Allende)

"Afrodite: Contos, Receitas e Outros Afrodisíacos" Isabel Allende Bertrand Brasil 326 páginas

"Arrependo-me dos pratos deliciosos rejeitados por vaidade, tanto como lamento as oportunidades de fazer amor que deixei passar para me dedicar a tarefas pendentes ou por virtude puritana", já que a " sexualidade é um componente da boa saúde, inspira a criação e é parte do caminho da alma... Infelizmente, demorei trinta anos para descobrir isto". (Isabel Allende)


Bacalhau com Natas (um dos meus pratos preferidos)



Ingredientes

Para 4 a 6 pessoas
400 g de bacalhau
500 g de batatas
400 g de cebolas
3 colheres de sopa de azeite
2 colheres de sopa de margarina
2 colheres de sopa de farinha
5 dl de leite
1 dl de natas
1 colher de sopa de mostarda, sumo de limão, sal, pimenta, 1 dl de natas, 2 colheres de sopa de queijo ralado

Preparação
Escalfe o bacalhau já demolhado em água a ferver. Retire-lhe a pele e as espinhas e faça-o em lascas. Descasque as batatas e corte-as em cubinhos. Frite-as em óleo, deixando-as muito claras e moles. Corte as cebolas em rodelas muito finas e coza-as sem alourar no azeite, mantendo o lume brando e o recipiente tapado. À parte , derreta a margarina, polvilhe com a farinha e deixe cozer sem ganhar cor. Regue com o leite e com as natas. Deixe ferver suavemente até ter um molho homogéneo e espesso. Retire do lume e tempere com a mostarda, o sumo de limão, sal e pimenta. Junte mais 1 dl de natas, coloque num tabuleiro que possa ir ao forno e à mesa e disponha o bacalhau, as batatas e as cebolas em camadas. Regue com o molho e polvilhe com o queijo ralado. Leve ao forno previamente aquecido até alourar a superfície.

Um dos meus tintos preferidos

Casa Santa Vitória 2004 Tinto
Região: Regional Alentejo
Castas: Aragonez, Cabernet Sauvignon, Syrah e Trincadeira
Produtor: Casa de Santa Vitória - Sociedade Agro-Industrial, SA
Preço: Entre 4€ e 7.5€
Álcool: 14%
Enólogo: Nuno Cancela de Abreu e Bernardo Cabral
Notas de Prova: Vinho bastante aromático a frutos vermelhos maduros, na boca é cheio e as especiarias e madeira combinam muito bem com a fruta, tem um final comprido e muito interessante.

Rótulo: A Casa de Santa Vitória situa-se na Região Alentejana, numa combinação perfeita entre produção agrícola, gastronomia e lazer no campo. Em 162ha de planícies e montes, vive-se em harmonia com a natureza, aprecia-se um pôr-do-sol único e porduz-se vinhos encorpados, macios, de aromas intensos e muito elegantes. Clima: Mediterrâneo. Vinificação: Produzido a partir das castas Aragonez, Cabernet Sauvignon, Syrah e Trincadeira, com fermentação a 26ºC e maceração prolongada. Estagiou durante 9 meses em barricas de carvalho francês e americano. Nota de Prova: Aroma intenso a ameixa madura e groselha com notas de especiarias e baunilha. Consumo: Imediato ou no decurso dos próximos 6 anos a uma temperatura de 16-18ºC. Ideal para acompanhar carne, caça, peixe assado, bacalhau regado em azeite e queijos.

Fado dos Caracóis- a grande Amália

Sexo, rosquinhas e rock & roll




sexta-feira, 28 de março de 2008

Caracóis

“São caracóis, são caracolitos, são espanhóis, são espanholitos” (Amália Rodrigues, Fado dos Caracóis)

Num tacho coloque 1 Kg de caracóis (de preferência as variedades mais pequenas) previamente lavados em água corrente e adicione a menor quantidade de água possível (que cubra os caracóis). Quando os caracóis forem obrigados a sair da respectiva concha adicione 1 cebola grande finamente cortada, uma quantidade generosa de alhos finamente cortados, duas ou três folhas de louro, oregãos, outras misturas de ervas aromáticas para caracóis, 1 fio de azeite (pode ser substituido por algumas fatias de bacon), 1 pacote de caldo de carne, algum piri-piri em pó cuja quantidade é à escolha de quem come e sal (uma boa quantidade ou seja, quase uma palma da mão cheia). Deixe ferver. Deixe arrefecer retirando alguma espuma formada à superfície e sirva. E não esqueça uma bebida fria para acompanhar. Já está!

A Nova Roda dos Alimentos


www.consumidor.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=585050&att_display=n&att_download=y

A curva da felicidade


Arroz doce

Se quer cozinhar um arroz cremoso e bem cozido, sem estar passado, não procure mais. Está aqui...Nham, nham!

Num tacho destapado coloque 1 chávena de arroz carolino, 5 chávenas de água, 1 pitada de sal, 1 colher de sopa de açúcar branco, 1 pau de canela e raspas de limão. Leve à fervura lentamente até o arroz inchar, cozer e absorver toda a água. Mexa uma vez por outra com colher de pau para não colar ao fundo e queimar. Adicione 0,5 L de leite meio-gordo. Mexa uma vez por outra. Quando começar a ferver adicione 1 lata de leite condensado, e retome a agitação intermitente. Deixar ferver durante algum tempo até sentir que a viscosidade da mistura aumenta (a resistência à passagem da colher de pau aumenta). Nesse ponto desligar o lume. Alguns minutos depois adicionar lentamente 3 gemas de ovos previamente batidas e misturar vigorosamente com a colher de pau. Deitar tudo sobre pratos e tabuleiros onde tudo irá arrefecer. Polvilhar com canela em pó a seu gosto. Já está!

Ratatui

Cure-se com Especiarias


Canela, gengibre, cominhos, cardamono...
Se até agora davam apenas um toque exótico aos seus pratos,
apartir de agora poderão ajudá-la a resolver pequenos distúrbios quotidianos.

Gengibre
Se sofre de enjoos quando viaja de automóvel, deite algumas gotas de óleo essencial de gengibre num bocado de algodão, coloque-o por detrás da orelha ou inale-o durante as viagens.
O gengibre ajuda a conhecer as dores articulares e musculares, graças ao cocktail de oligoelementos que enriquecem as sua fórmula.
Banho de pés anti-inchaço
Se contuma ter a sensação de pernas pesadas, conceda-se cerca de dez minutos para oferecer a si mesmo um banho de pés com gengibre, perfeito para acabar com o desconforto e os inchaços. Corte em bocadinhos uma raiz de gengibre fresca e deite três colheres (de sopa) no equivalente a duas chávenas de água. Leve a ferver durante 20 minutos. Filtre e deite para uma bacia de água tépida. Mergulhe nela os pés e deixe-os de molho durante, pelo menos, dez minutos. O gengibre estimula suavemente a circulação e tem um efeito tonificante para os músculos. Se quiser, pode potenciá-lo com uma massagem na planta dos pés: coloque alguns berlindes no fundo de uma bacia e esfrege os pés.

Cardamono
Esta especiaria é a mais indicada para quem tem problemas gástricos e intestinais: pode mastigar as sementes para resfrescar e perfumar o hálito depois das refeições ou para reduzir o inchaço abdominal.
Bebidas revigorantes
Se acabou de deixar para trás um periodo de stress, experimente uma bebida de acção revigorante. À noite, mergulhe seis amêndoas numa chávena de água. De manhã, escorra-as e pele-as . Ferva quatro chávenas de leite e deite-o no liquidificador. Adicione as amêndoa e uma colher (de sopa) de sementes de cardamono. Misture. Se ao efeito tonificante quiser associar uma acção digestiva, deite meia chávena de passas de uva, meia chávena de figos secos e uma mão de sementes de cardamono em duas chávenas de água. Na manhã seguinte, misture tudo, no liquidificador, com iogurte. Para potenciar o efeito tónico, substitua o cardamono por uma colher (de sopa) de raiz de gengibre cortada em pedaços.

Canela
A canela é uma especiaria quente que estimula a sudação. O óleo essencial, por seu lado, possui uma acção carminativa (elimina gazes intestinais) e antiespasmódica.
A massagem do amor
Banhos e massagens perfumados com óleos essenciais são utilizados desde há muito com a finalidade de dar mais intensidade ao romance. Experimente usar produtos à base de canela, que os mais antigos dizem ser os mais indicados para quem quer (re)acender a chama da paixão. Junto uma gota de essência de canela, duas de jasmim e duas de nérol a uma colher (de sopa) de óleo de amêndoas doces. Deite esta mistura na palma das mãos e use-a para uma massagem nas costas do seu parceiro: explore a sua pele com movimentos circulares, concentrando-se na zona lombo-sacral para despertar o desejo.

Cominhos
Use-os contra as alergias. Para este fim, podem ser ingeridos sob a forma de óleo ou condimento: por exemplo, adicione as sementes torradas e moídas às saladas e verduras.
Algumas gotas contra a dor de cabeça
Parece que o stress e as tensões se acumulam mesmo ali, entre as costas e a base da nuca. O resultado? Os musculos estão sempre contraídos e, mais cedo ou mais tarde, aparece uma insuportável dor de cabeça. Uma situação cada vez mais frequente nos dias que correm, marcados por um quotidiano alucinante. Também neste caso os cominhos podem ser muito úteis. Para uma solução imediata, experiemente a tintura-mãe de cominhos negros: tome 20 gotas, duas vezes por dia, diluídas num copo de água. Poderá conferir os resultados em pouco tempo.

Glossário de especiarias

Cobiçadas desde a Antiguidade, as especiarias chegaram a custar mais caro do que jóias. Sua interferência benéfica no sabor final da comida, principalmente numa época em que o poder de conservação dos alimentos era reduzidíssimo, fez com que homens de espírito singrassem o mar desconhecido em busca das preciosidades que existiam apenas no Oriente.

Ainda que não apareçam nem brilhem como diamantes ou ouro, até hoje as especiarias são adornos especiais que podem mudar completamente um prato. Na maioria das vezes, são perceptíveis apenas ao paladar. Por isso mesmo, precisam ser usadas com bom senso. Qualquer excesso pode resultar num desequilíbrio desastroso para a receita executada.

Algumas dicas ajudam a fazer uma utilização mais equilibrada das especiarias, resultando em sabores mais harmoniosos. Conheça algumas das principais especiarias disponíveis e suas características:
Açafrão - O autêntico custa caro. É preciso colher 100 mil flores para conseguir 5 kg de estigmas, que, quando secos, são empacotados inteiros ou em pó. É a alma da bouillabesse (sopa de peixe francesa originária de Marselha), da paella (espécie de risoto espanhol) e do 'risotto alla milanesa' (o risoto de arroz italiano com açafrão).

Anis - Semente adotada principalmente para fazer confeitaria (balas, doces e bolos). Também aromatiza o pastis francês, o ouzo grego e o arak do Oriente Médio, bebidas típicas, normalmente degustadas com água e gelo.

Baunilha - Orquídea centro americana que é colhida verde e curada em ambiente especial. Depois desse processo, fica com uma coloração marrom escura. A maneira de usar é colocar a fava sobre uma superfície plana e dividi-la ao meio num corte longitudinal, com uma faca bem afiada. De dentro dela saem minúsculos grãos que podem ser ingeridos e vão dar o sabor perfumado, doce e delicado da baunilha verdadeira. Tem uso freqüente em sorvetes e doces à base de leite e creme, mas também em chocolate e frutas de sabor suave (não muito azedas).

Canela em casca - No Brasil, é usada para aromatizar doces, principalmente compotas.

Canela em pó - Os usos são semelhantes aos da canela em casca. As cascas secas são reduzidas a pó, podendo, assim, ser ingeridas (polvilhada com açúcar sobre um bolo, por exemplo), enquanto a canela em casca deve ser retirada do prato antes de servir. Na culinária européia e do Oriente Médio, também se adota como tempero para carnes e aves. Nesse caso é, em geral, misturada com a pimenta da Jamaica e pimenta-do-reino, resultando então na vulgarmente conhecida pimenta síria.

Cominho - Em sementes ou em pó, é adotado no preparo de carnes, geralmente associado à pimenta-do-reino. Encontrado também na culinária árabe, marroquina, indiana e mexicana.

Cravo-da-índia - Inteiro, perfuma doces em calda ou caldos de carne e ensopados; em pó, dá aroma a bolos de especiarias.

Erva-doce - As sementes servem para preparar pratos com carne de porco (lingüiças, embutidos), além de aves e cordeiro. Num registro não convencional do paladar, é deliciosa com peixes gordurosos (arenque, por exemplo), e para aromatizar pães e bolos. Tem efeito digestivo em chás.

Gengibre em pó - Esta raiz, que também é muito usada fresca ralada, combina com bolos e pães doces, tais como bolos de frutas secas e biscoitos natalinos, adotada principalmente na Inglaterra e nos países do norte europeu. Ainda pode servir para aromatizar carnes ensopadas.

Mostarda em grão - De dupla utilização, são consumidas as sementes ou o preparado em pó ou em pasta. As sementes aparecem com mais freqüência na cozinha indiana; os preparados são de uso mais comum em todas as outras culinárias: molhos para carnes e saladas, ou, na forma de pasta, para comer com frios, embutidos e sanduíches.

Noz-moscada - Ideal para acompanhar pratos com queijo (tortas ou quiches), espinafre (suflê) e batatas (ao forno, gratinadas com queijo e creme de leite). Deve ser ralada na hora para conferir um sabor mais forte; previamente moída tende a perder o aroma rapidamente.

Pimenta branca moída - É a mesma pimenta-do-reino, só que colhida num estágio diferente. Não tem uso obrigatório, é mais uma questão de gosto - que difere do gosto da pimenta-do-reino. Recomenda-se o uso em peixes mais pela cor, para não ficar com pontinhos pretos como quando se usa a pimenta-do-reino preta. Moída ela perde o sabor e o aroma bem rápido.

Pimenta síria - É uma mistura de pimenta da Jamaica, canela e pimenta-do-reino. Faz parte da culinária árabe, em quibes, esfihas e muitos outros pratos.

Pimenta vermelha em flocos - Pimenta dedo-de-moça seca e flocada que, como a calabresa e ao contrário das outras, dura mais quando desidratada. Para ser usada em qualquer prato que requer pimenta (comida baiana, mexicana, etc.), como substituta da fresca.

ZATTAR - Tempero árabe a base de tomilho e gergelim, muito usado na culinária do Oriente Médio. Usado para aromatizar bebidas, temperar saladas ou para colocar sobre queijos brancos. Também fica ótimo com carne. Misturado com azeite, é perfeito pra se comer com pão.

Zimbro - Fruta que é vendida seca. Empregada na aromatização do gim, preparados de carne de porco e de caça, no brasatto al Barolo piemontês (carne cozida em vinho tinto) e no Sauerkraut (chucrute).

A origem da pizza

Segundo o professor da USP, Gabriel Bollaffi, a teoria mais importante sobre a origem da pizza, diz que os fenícios, três séculos antes de Cristo, costumavam acrescentar coberturas de carne e cebola ao pão em forma de disco (pão sírio). Os turcos muçulmanos também adotaram este costume durante a Idade Média. Com o advento das cruzadas esta prática de acrescentar cobertura ao pão sírio, chegou a Italia pelo porto de Nápoles. Lá os italianos incrementaram o pão com diversos tipos de cobertura como o queijo e, mais tarde, após a descoberta da América, o tomate, desta maneira originando a pizza. Pode-se, então, a partir dos dois relatos acima, levantar a hipótese de que as culinárias contemporâneas, do Oriente Médio, do Norte da África, e, mesmo a culinária de certas regiões da Europa mediterrânea e do Leste Europeu, são herdeiras, em parte, da cozinha da Antiga Mesopotâmia, "a mais antiga culinária do mundo".

A antiguidade da Culinária no Médio Oriente

O presente artigo refere-se à culinária da antiga Mesopotâmia. Graças ao trabalho do Professor J. Bottéro, reproduzido resumidamente no livro Ancient Iraq do Professor Georges Roux, pode-se ter uma pequena mas importante noção desta cozinha. Descrevem-se detalhes desta culinária, descritos com as próprias palavras do Professor Georges Roux; surpreendentes devido a variedade de alimentos, ao refinamento de seu preparo, bem como a sua antigüidade e que, segundo J. Bottéro, pode ser considerada "a mais antiga culinária do mundo"."A partir do período de Hamurabi (1800-1700 A.C.) a arte de preparar os alimentos ou de embelezá-los era perfeita e o cozinheiro (nuhatimmun) era um artista talentoso. Segundo os documentos encontrados nas ruínas de Mari, havia grande variedade de utensílios usados para o preparo dos mais diversos pratos. Os alimentos podiam ser fervidos em água, algumas vezes misturados com gordura, no vapor, assados ou cozidos sobre brasas. Outro detalhe interessante era quanto a maneira de adicionar uma variedade de ingredientes na mesma mistura, produzindo, assim, sabores raros e apresentando iguarias perfeitas de maneiras apetitosas.Os criados de Zimri-Lim serviam pratos acompanhados de variados tipos de carne vermelha, como a de boi ou vaca, carneiro, cabra, cervos e gazelas, bem como peixes, pássaros, aves domésticas, na maioria das vezes grelhadas ou tostadas. Estas carnes também podiam ser cozidas ou guisadas em caçarolas de barro ou em caldeiras de bronze, acompanhadas por ricos molhos condimentados com um sabor predominante de alho. Quanto aos vegetais, estes eram cuidadosamente preparados. Os mesopotâmicos apreciavam também sopas, diversos tipos de queijos, frutas frescas, secas ou cristalizadas, bolos delicadamente aromatizados de todas as formas e tamanhos, servidos com cervejas de diversas qualidades e vinho da Síria. Não há indicação exata do tempo de cozimento e da temperatura, e como não conhecemos o significado dos nomes Acadianos de certos alimentos, é impossível reproduzir estes pratos hoje em dia. Entretanto, esta culinária refinada que indubitavelmente é a ancestral da cozinha Árabe e Turca, é outra prova da complexidade que a civilização Mesopotâmica alcançou no início do segundo milênio".Esta descrição refere-se a uma culinária praticada a mais ou menos 4.000 anos atrás, no suntuoso palácio de Mari. Sabe-se, todavia, que entre 3.000 A.C. e 2.500 A.C., ou seja, a quase cinco mil anos atrás, já existiam grandes palácios em Ebla (hoje, Tell Mardik, norte da Síria) e outras cidades da Mesopotâmia, e que muito provavelmente deveria haver uma prática culinária de certa complexidade, ainda mais antiga, naquela região.

I am stupid like a fox




Diz-me o que comes e te direi quem és, ou diz-me quem és e te direi o que comes?

À Mesa com Kafka- os livros deliciosos comem-se?


Uma história da literatura mundial em 14 receitas. Um livro simplesmente delicioso.
Se sempre quis saber como seria jantar com Franz Kafka, Jane Austen ou mesmo o Marquês de Sade, tem agora a oportunidade de o descobrir. Mark Crick apresenta catorze receitas à maneira de outros tantos escritores famosos: Raymond Chandler, Jane Austen, Franz Kafka, Irvine Welsh, Marcel Proust, Gabriel Garcia Marquez, John Steinbeck, Marquês de Sade, Virginia Woolf, Homero, Graham Greene, Jorge Luis Borges, Harold Pinter e Geoffrey Chaucer. Estes virtuosos pastiches vão fazer, decerto, as delícias não só dos devoradores de livros como dos apreciadores de culinária. Para ler (comer) e chorar por mais.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Saber comer e arte

in http://paginas.terra.com.br/arte/mundoantigo/medieval/banquete.jpg

Receitas de Cinema

Dois prazeres reunidos: cinema e boa mesa.

Essa é a proposta de O Cinema Vai à Mesa - Histórias e Receitas, do renomado crítico de cinema Rubens Ewald Filho e da jornalista Nilu Lebert, que apresenta 28 filmes que retratam o universo da gastronomia. Além de informações sobre os filmes e algumas curiosidades, o livro traz receitas interpretadas por chefes de cozinha. Entre os filmes destacados estão: "Quem está Matando os Grandes Chefes da Europa?", "Sábado, Domingo e Segunda", "A Época da Inocência", "O Cheiro do Papaia Verde", "A Grande Noite", "Vatel", "Parente...é serpente", "O Jantar", "Chocolate", "Simplesmente Martha", "O Filho da Noiva", "Casamento Grego", "O Tempero da Vida", "Fuso Horário do Amor", "Maria Antonieta" e "As Férias da Minha Vida".

O que vamos ler hoje?

"COM POEJOS E OUTRAS ERVAS" - A.M. Galopim de Carvalho Âncora Editora, Lisboa, 2001

Com poejos e outras ervas podia ser, mas não é um livro de alquimia; sabendo-se que A.M. Galopim de Carvalho é o director do Museu Nacional de História Natural de Lisboa, podia tratar, mas não trata a obra de hortos, herbários, nem de plantas medicinais; muito menos entre as outras ervas aparece alguma Cannabis officinalis; conhecido o autor como geólogo e introdutor em Portugal da dinossauromania, podia tentar-nos com algum Tyranosaurus rex, mas o livro não é de paleontologia nem de geologia. Também não apresenta só uma abada de histórias alentejanas como "O preço da borrega" e "O cheiro da madeira", seus anteriores títulos no espaço da literatura não estritamente científica. Apesar de incluir um receituário, com algumas fórmulas mágicas para confeccionar pratos regionais e outros que são fruto da sua criação pura, "Com poejos e outras ervas" não é um manual de culinária.

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